Onde colocaram tua coroa de espinhos, ó rei da glória?
Teu corpo dilacerado foi deposto da cruz.
E o teu sonhado reino repousa nos braços ternos de tua mãe.
Jesus de Nazaré, Filho de Deus, desprezo dos homens.
E teus falsos amigos? Desertaram? Não eram teus cúmplices?
Já não podes fugir deste momento:
és apenas um homem?
Será que não é possível salvar a ti mesmo?
Este teu silêncio não seria teu gesto mais enigmático de fraqueza?
Tudo aceitas:
a cruz,
os escárnios,
as chicotadas,
o desprezo dos homens,
o cálice do sacrifício impassível.
Pareces ser mais filho dos homens do que Filho de Deus..
Demasiadamente humano, Jesus de Nazaré.
(01.0.2010 – 22:00h – Caxias/MA)