terça-feira, 19 de outubro de 2010

erva.mate



Maria Inês Simões - Bauru/SP
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Nasceu, como relva esquisita de semente qualquer levada no
bico-do-tempo. Não era árvore nem arbusto. Vegetou
espontânea. Sua cor? Diurna amarela, noturna verde bandeira.
Sem pátria e sem solo. Sem raiz e sem étimo. Restava-lhe o céu e acreditar no deus-pássaro-dará. Sua linhagem a ser espalhada
pelos campos e asfaltos. Introduzindo-se pouco a pouco nos
mares absolutos.


Obs: Imagem enviada pela autora.