terça-feira, 24 de agosto de 2010

EU SOU, TU ÉS, NÓS SOMOS



Dasilva


Quando digo eu sou estou dizendo que eu sou único que “outro que nem que eu, só eu”. Quer agrade, quer desagrade. E quando afirmo que tu és, digo que tu és única porque nenhuma pessoa se repete, esteja ou não no padrão do patrão que dita a moda.

O fato de cada pessoa ser irrepetida gera uma grande autoestima. Nesta esfera de ser singular, não existe superior nem inferior. Não há o que temer. Representa o fim das comparações, da competição e da humilhação de não ser melhor ou maior.

Quando afirmamos nós somos, falamos de uma relação que só pode existir quando há o protagonismo do eu e do tu. Nós somos nunca poderia ser a soma, nem a diluição, ou a submissão do eu ou do tu. Porque essa relação significa uma decisão, um diálogo.

O nós somos real acontece por um entrelaçamento ou por um intercâmbio desejado, acontecido ou imposto. Assim, o nós somos nasceu pela mesma herança genética, histórica, religiosa ou sociocultural e sobre isso não podemos ficar lamentando.

Os laços de sangue e o ambiente de convivência podem produzir um nós somos rico de afinidades e de tensas disputas. Mas, também produzem um nós somos onde o tu e o eu constroem firmes convicções, solidários projetos de vida e uma terna afetividade.