Dasilva, novembro de 2009.
Nesta fala em comemoração aos 10 anos de nossa Editora Popular, aproveito para recordar a imensa lista de pessoas que não tiveram a oportunidade de freqüentar uma escola, mas que aprenderam a saborear, com sofreguidão, tudo que de escrito lhe caísse nas mãos.
Ler talvez seja uma das atividades mais permanentes e universais do ser humano. Essa vontade de legere, de captar o que se passa, no mais interno das coisas e das pessoas, na vastidão do universo, na trama da história, no desafio do desconhecido... é uma fome insaciável. Lemos para conhecer, para entender, para sonhar, para viajar na máquina onde coexistem todos os tempos, para satisfazer nossa curiosidade, para entretenimento e para o prazer. Junto com aprender e ficar informado, lemos para questionar, para divulgar convicções, levar esperança e propagandear a transformação da realidade.
Ler é um processo de contínuo aprendizado. Por isso, não é possível estabelecer os limites do conhecimento humano. Ele avança a cada dia. As aulas, as palestras, os cursos, os seminários... estimulam e dão chaves de leitura, mas não conseguem passar às pessoas todos os conhecimentos que elas vão necessitar, ao longo de suas vidas. Por isso, alguém que costuma ler, terá sempre uma fonte inesgotável onde buscar respostas para suas dúvidas e para atualizar-se, quando necessário.
