segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MEU CAMINHO: a história de uma metroviária que sonha em ser poeta

Bernadete Bruto


Recital realizado pela primeira vez na festa de final de ano no Metrô do Recife em DEZEMBRO/2009

Essa é a história de uma metroviária que reclama muito da vida, do seu trabalho rotineiro e tem uma grande preocupação que o trabalho sufoque seu sonho além das máquinas. O som do metroviário que reclama é uma música de trem. Um trem cansado, que tem uma carga pesada nas costas.


Essa pessoa começa a olhar para si e vê que o seu grande problema reside em si mesma, ela ainda é prisioneira de si e dos ensinamentos. Assim a pessoa arrisca a se expor fazendo o que mais gosta e o som de uma pessoa que busca um caminho diferente só podia ser a música “Maluco Beleza”.



















Deste modo a metroviária entende todo um caminho, consegue ver que seu trabalho lhe proporcionou muitos recursos para ela chegar até aquele momento, numa festa de final de ano podendo expressar sua arte em seu local de trabalho e fica feliz. Entende que não é duro trabalhar e que foi um bom caminho esse todo o que ela percorreu, seja pessoal ou profissional ajudando a ela se tornar a pessoa atual: uma poeta mambembe.



Por fim, essa metroviária deixa uma mensagem aos colegas - que vai dar certo, porque sonhos voltam para quem acredita neles. Como era uma festa de confraternização, o final é marcado com uma dança indígena: o toré, onde todos possam sentir-se em grupo e fazer seu pedido ao divino, ao som da música guarani, instrumento sagrado e ao mesmo tempo brincar com o plano de cargo e salários que estava para sair e se chamava PES... No final foi pura diversão, na qual não escapou nem o presidente do sindicato dos metroviários.


O final da história é sempre feliz e divertido!

Meu caminho é um dos meus recitais prediletos. Ele foi reapresentado em vários lugares, tais como: Na casa de meu pai, Diverso Espaço Cultural, Fliporto 2010, no Espaço Terra Viva, Sushilogia, Biblioteca da Assembléia Legislativa, UBE, Tortaria da Alice, na Ação da Cidadania e no natal da família Bruto - sofrendo algumas adaptações para se adequar a situação.








Obs: Imagens enviadas pela autora.