segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A IGREJA E OS PROBLEMAS DO MUNDO ATUAL

Ir. Ronaldo Hein CSC


A Igreja não é fuga do mundo mas presença no mundo. O Reino de Deus não é espera passiva, mas construção dele aqui e agora. Devemos ser presença esperançosa que, com Cristo, podemos construir o Reino que Ele propõe, colaborando com os esforços da sociedade civil e das outras Igrejas Cristãs para o bem estar dos nossos irmãos e irmãs de toda a raça humana.

O documento do Concílio Vaticano II, Gaudium Et Spes, sobre a Igreja no mundo de hoje, mostra a renovada atitude da Igreja perante os problemas do mundo atual.

“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do Reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada no gênero humano e a sua história.

Por isso, o Concílio Vaticano II, tendo investigado mais profundamente o mistério da Igreja, não hesita agora em dirigir a sua palavra, não já apenas aos filhos da Igreja e a quantos invocam o nome de Cristo, mas a todos os homens, e deseja expor-lhes o seu modo de conceber a presença e atividade da Igreja no mundo de hoje.

Tem, portanto, diante dos olhos o mundo dos homens, ou seja, a inteira família humana, com todas as realidades no meio das quais vive; esse mundo que é teatro da história da humanidade, marcando pelo seu engenho, pelas suas derrotas e vitórias; mundo, que os cristãos acreditam ser criado e conservado pelo amor do Criador; caído, sem dúvida, sob a escravidão do pecado, mas libertado pela cruz e ressurreição de Cristo, vencedor do poder do maligno, mundo, finalmente, destinado, segundo o desígnio de Deus, a ser transformado, e, alcançar a própria realização.” (Gaudium Et Spes, Nº 1-2)