segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PARÊNTESES



Gerson F. Filho


Não hã como saber
O que o vento traz.

Não há o que dizer
Quando a palavra falta.

Não a o que sentir
Com o sentido no fim.

E apesar do ontem
Ainda existo conceitualmente.

Mesmo intuindo um amanhã
Sou um produto da razão.

Amo apesar da dor
Então amando Fujo da dor.

Neste ponto não sou abstrato
Suporto o peso do mundo real.

Digo sim as ignomínias
Abraço a sinuosidade do álibi.

Estou aqui entre parênteses
Para explicar ou deturpar.

Depende muito do ângulo
E da maneira como me enxergam.

Nunca subestime quem viu
O colapso da ilusão.


Obs: Imagem enviada pelo autor.