José de Alencar Godinho Guimarães (*)
Descobri ao longo da vida o quanto as pessoas são céticas, ou talvez um pouco “São Tomé”, só acreditam vendo. Não sei exatamente o ano de tal façanha, mas o certo é que estávamos eu, meu pai e um velho amigo pescando às proximidades da Hidrelétrica de Curuá-Una. E nessa pescaria foi preciso iscar os locais da pesca com farinha e, em certa ocasião, como a farinha havia sido colocada bem junto à margem do rio, joguei a tarrafa cobrindo um pouco da vegetação, e isso ainda devia ser umas 15 h. Foi quando estranhei o resultado daquela tarrafada. Acreditem! Não é que junto aos diversos peixes também veio um tatu. É verdade!! Um Tatu, desses que habitam toda a nossa região. E o mais interessante é que só pegamos um, porque os outros dois conseguiram escapar da tarrafa.
Contando assim parece mesmo mentira e como diz o povo, isso é estória de pescador. Se eu não estivesse lá, também não acreditaria, mas eu vi, se bem que o tatu nem era tão grande assim, ainda era filhote, porém os dois que escaparam, esses sim, provavelmente, eram os chefes da família dos desdentados.
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA