domingo, 5 de junho de 2011

PEDOFILIA E PEDOFOBIA (Parte 1):


A próxima “luta” do Movimento Gay.
Uziel Santana dos Santos


“Muitos relacionamentos homossexuais se dão de modo melhor quando há grande diferença de idade, e isso não traumatiza ninguém.”
            (Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor e professor da UFRRJ)


No artigo que escrevemos semana passada “Sergipe na rota da Homofobia (?) e da Pedofilia (?): A farsa da propaganda homofóbica e o risco da apologia pedófila.”, mostramos um desazado texto – “Meu Moleque Ideal” – no qual, segundo os vários autores que citamos, encontra-se uma clara apologia à pedofilia, feita pelo seu autor, o Sr. Luiz Mott, antropólogo, professor da UFBA e principal intelectual do movimento gay no Brasil. Para o Prof. Luiz Mott: “enquanto continuar em 18 anos a idade da maioridade sexual em nosso país, o jeito é obedecer a lei (...). Mas nada impede-nos de lutar pela redução da idade do consentimento sexual” (“Crônicas de um gay assumido”, RJ, Editora Record, 2003). E é justamente sobre essa redução da idade do consentimento sexual – em outras palavras, liberação e institucionalização da pedofilia – que queremos falar, porque tal tema, além de ser de extrema gravidade e periculosidade para as nossas crianças e adolescentes, trata-se da próxima “luta” ou fronteira a ser conquistada pelo Movimento Gay no Brasil. Isto mesmo: sobre o fundamento da chamada Teoria Queer e do temário “Diversidade Sexual”, o movimento gay no Brasil agora lutará para a liberação e institucionalização da pedofilia como prática sexual possível entre adultos e infanto-juvenis. Porque, como disse o insipiente constitucionalista Luiz Roberto Barroso no julgamento do STF sobre a união gay, “qualquer maneira de ‘amar’ vale a pena”. Eu, como disse o jurista Cícero na virada da Era Cristã (63 a.C.), dada a perversão dos costumes em Roma, in “Catilinarian Orations”, diria: O Tempora, O Mores! (Que tempos, que costumes!).

Em “Um olhar Crítico sobre o Ativismo Pedófilo”, artigo da advogada e Profª Suheyla Verhoeven, afirma-se, in verbis, que: “apesar de as organizações pedófilas repudiarem a idéia de violência para a obtenção do prazer carnal com uma criança, pregam ser natural o envolvimento sexual de pessoas, independentemente de suas idades, desde que haja o mútuo consentimento”, como se uma criança menor impúbere de, por exemplo, 5 anos, pudesse ter discernimento distintivo entre um carinho fraterno e uma maliciosa carícia para que, assim, pudesse, sexualmente, consentir. Mas isso, realmente, é o que pretende o movimento gay, justificando tal infame comportamento através de teorias abjetas e fruto da perversão mental e, muitas vezes, sexual, dos seus autores. E não são poucos os acadêmicos no meio universitário que defendem, abertamente, esta bandeira, fazendo uma inescrupulosa distinção entre o comportamento pedófilo e o comportamento pedófobo, sendo aquele permissivo e louvável e este último condenável e criminoso. Para tal distinção, eles recorrem à origem etimológica das palavras, porque, filologicamente, no grego clássico, “filia” significa, lato sensu, amor e “fobia”, medo ou aversão. Étimo e filologicamente a distinção está correta, mas, semântica e correspondentemente à realidade dos fatos, trata-se, tal comportamento aliciatório de adultos para com os infanto-juvenis (pedofilia ou pedofobia, como queiram), de um “crime” hediondo, como de fato ainda estabelece o nosso sistema penal.

Instituições como a NAMBLA (The North American Man/Boy Love Associationhttp://www.nambla.org/), RENE GUYON SOCIETY dos EUA; MARTIJN (http://www.martijn.org/) e JON (http://www.jorisoost.nl/) da Holanda; AMBLA (Austalian Man Boy Love association) da Austrália; G-PAEDO, FACH UND SELBSTHILFEGRUPPE PAEDOPHILIE e VEREIN FUER SEXUELLE GLEICHBERECHTIGUNG (VSG) da Alemanha; COALITION PÉDOPHILE QUEBECOIS do Canadá; DANISH PAEDOPHILE ASSOCIATION (DPA) da Dinamarca; entre tantas outras, financiam e promovem a pedofilia abertamente como prática sexual aceitável (http://www.ipce.info/newsletters/nl_e_2.html).

Aqui no Brasil, o movimento de legalização da pedofilia é uma das bandeiras – embora ainda latente e sem consenso entre eles – do movimento GLBT, como se vê em correspondência por email de abril de 2004, aberta e divulgada pelo CMI (http://migre.me/4s7Zg), entre a Profª Dra. Regina Facchini da UNICAMP (intelectual feminista) e o próprio Profº Luiz Mott. In verbis, diz o diálogo, que teve como ponto de partida um caso de abuso de infanto-juvenis de 8 a 14 anos no Maranhão: “(...) independente de usar um termo mais amplo ou mais circunscrito, dificilmente um pedófilo viria a público reivindicar seus direitos ou que o movimento por diversidade sexual o defendesse, simplesmente pq é bastante forte a idéia de que a pedofilia é algo abominável na nossa sociedade.(...) Talvez a atuação por esse caminho nas universidades, que são locais de formação de formadores de opinião, melhore as condições para a luta jurídica/legal num futuro próximo”.

Como se observa, o debate acadêmico está acontecendo e muitos intelectuais, a serviço das bandeiras do feminismo e do gayzismo, começam a introduzir no meio cultural – onde a guerra sempre é vencida por eles (veja o caso das novelas globais com o conteúdo apologético do homossexualismo) – o discurso da plena liberação sexual (com o nome “bonito” de Diversidade Sexual), onde se encaixaria, perfeitamente, o discurso e a prática da pedofilia. Neste sentido, o Prof. Dr. Paulo Ghiraldelli, da UFRRJ, um adepto da teoria queer (autor da epígrafe deste artigo), defende abertamente a pedofilia. Diz ele: A nossa história registra casos em que relações sexuais, até mesmo com certa violência, não deixaram marcas físicas e psicológicas em nenhuma das pessoas que estiveram envolvidas com isso na infância (...). A nossa história tem nos ensinado, também, que não são poucas as crianças que fantasiam experiências com adultos e que, uma vez perguntadas se foram “abusadas” sexualmente, dizem sim — com orgulho, de acordo com a expectativa dos que perguntam”. E mais: “às vezes é mais fácil uma criança levar na brincadeira – e não ficar traumatizada – um jogo sexual proposto por um adulto do que vermos tal jogo ser aceito entre dois adultos que estão marcados por outros traumas. Os olhos dos adultos é que ficam marcados, e não por terem sido atacados, quando crianças, por supostos pedófilos”. E continua o Professor: “Isso precisa ser levado em conta para analisar cada caso, e ver a diferença entre alguém que precisa de um tratamento por ser pedófilo e alguém que está propondo práticas — que no limite não serão malévolas — que são as possíveis de serem propostas segundo uma série de fatores culturais” (“Amor e sexo entre pequenos e grandes”, Paulo Ghiraldelli, 24/08/2007, in: http://migre.me/4s8JR).

Assim, queridos leitores, esta é mais uma das propostas absurdas e abjetas do movimento gay, o mesmo que agora comemora nas ruas a promiscuidade institucionalizada via STF que não respeitou o que o povo brasileiro decidiu na CF de 1988.

No artigo da semana que vem, mostraremos como, historicamente, foram construídos os conceitos “desconstrutores” da moral judaico-cristã chamados de livre “Orientação Sexual”, “Expressão Sexual ”, “Diversidade Sexual”, culminando numa “Liberação Sexual” total, como pretende os teóricos queer e o movimento gay.


Uziel Santana dos Santos
[Jurista e Professor da UFS]


Artigo publicado no Jornal Correio de Sergipe em 06 de maio de 2011.