Edilberto Sena
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Se para muitos eleitores está bastante difícil saber em quem votar neste segundo turno, tanto, para presidente, como para governo do Estado, imagine a dificuldade de escolha para o grupo do partido verde. Os 20 milhões de votos depositados no nome da ex ministra do PT Marina Silva, hoje candidata do PV, são cobiçados tanto pelo partido de José Serra, como pelo partido de Dilma Russef. Ambos querem a adesão de Marina e seu novo partido. Não imaginam eles que, grande maioria dos 20 milhões que votaram em Marina, foi por não aceitarem nem Serra, nem Dilma. Por isso, não decidirão simplesmente porque o PV optou por um, ou por outro.
A questão agora é, qual a opção de Marina Silva e seu partido Verde? Nos próximos dias tomarão sua decisão. Supondo que a ideologia do partido Verde seja a defesa do meio ambiente, como também que a Marina Silva já foi ministra do Meio ambiente e é uma filha da Amazônia, discípula do combativo Chico Mendes e por isso compreende a situação da região, espera-se que a decisão do partido por um dos candidatos neste segundo turno, seja negociada. E que a parte principal da negociação seja a defesa radical dos povos da Amazônia e sua natureza.
E que a suspensão de todos os projetos hidroelétricos planejados para a Amazônia seja condição nº.1; e que a extinção da lei kandir, que dispensa de imposto de exportação os empresários de produtos , primários, como madeira, bauxita, minérios , que essa lei prejudicial aos governos da Amazônia, seja extinta, e também, que o programa de aceleração não seja de crescimento econômico, mas para melhorar a qualidade de vida dos 25 milhões de moradores da região. Se o Partido Verde e Marina condicionarem seu apoio e um dos dois candidatos aceitar, então certamente a maioria dos eleitores da Amazônia e os esclarecidos do Brasil elegerão o ou a candidata comprometida.
No primeiro turno, nem um dos dois disputantes ao cargo de presidente se manifestou em defesa dos povos da Amazônia. Pelo contrário, ambos defendem a construção de tantas hidrelétricas na região, em prejuízo das populações nativas. E ambos defendem o saque e explração das riquezas da região em detrimento dos viventes regionais. Marina Silva, que tanto já lutou emd efesa dos povos da floresta, tem uma oportunidade de ouro de fazer valer seu voto milionário. Como em política tudo se pode negociar, melhor será negociar em defesa da Amazônia, enquanto região com 25 milhões de seres humanos com direitos sagrados e ignorados até hoje pelos donos do poder.