José de Alencar Godinho Guimarães (*)
jfdelvitoralencar@hotmail.com
Engraçado o povo brasileiro quando o assunto em pauta é política, eleição. Com a vasta campanha em prol do Projeto Ficha Limpa para que a população pudesse dar um basta nas urnas nos políticos corruptos do País, o que se viu de fato, no dia 03 de outubro, foi um estrondoso sim aos muitos candidatos que estavam e ainda estão com as candidaturas sob júdice. Isso significa que a democracia que emana da vontade popular é no mínimo suspeita, pois fica evidente que boa parte dos nossos eleitores gosta mesmo é do político que “rouba, mas faz”.
Mas esse fazer é aquele de troca de favores. Ouvi nessa campanha muita gente reclamando e afirmando que bom mesmo era na época que político podia dar as coisas em campanha eleitoral, inclusive dando transporte e comida no dia da eleição. E o mais interessante é que ainda hoje se vota por gratidão aos favores recebidos de alguém.
Sendo assim, fica a pergunta: Mesmo o político tendo a ficha suja, porém eleito pelo povo e para o povo, teria o Supremo Tribunal Federal o “poder arbitrário” de contrariar a vontade popular impugnando tais candidaturas?
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA