D. Demétrio Valentini *
Há momentos na vida que não se esquece mais. Para quem participou da romaria de Jales, neste domingo dia 15 de agosto, com certeza não vai esquecer a bonita celebração, participada intensamente pelos milhares de romeiros que vieram a Jales para celebrar o jubileu de ouro da Diocese.
A começar pela caminhada de três quilômetros, cadenciada por orações, cantos, reflexões profundas que iam sendo semeadas com fartura ao longo do percurso, pelas ruas da cidade, com os moradores aguardando a vez para se unirem à procissão. Não há liturgia mais participada, do que uma caminhada de quilômetros, conduzida pela certeza da comunhão com os irmãos e pela tranqüilidade do rumo a seguir e da meta a alcançar. Assim foi a caminhada do povo, tendo à frente a cruz, os bispos e os padres a garantirem o ritmo bom e moderado.
Chegados à praça da catedral, foi possível dimensionar melhor a multidão que tinha vindo e tinha chegado. O grande cruzeiro da fundação da cidade, resgatado no jubileu de prata, continuava sendo o ponto de referência para compor a assembléia litúrgica, motivada para celebrar o jubileu de ouro da Diocese de Jales, no contexto da história da presença da Igreja em nosso país.
O Evangelho cantado, com o magnificat entoado por voz feminina, correspondia bem ao clima de fé que a data sugeria. Seguindo depois um linda encenação que apresentou a comunidade de Antioquia, descrita nos Atos dos Apóstolos, e apresentada como inspiração para as nossas comunidades eclesiais de hoje, que precisam despertar para a missão como transbordamento de sua comunhão, como aconteceu com Antioquia.
Após isto, a celebração eucarística continuou tranqüila, com certeza do banquete que era abundante para todos. Porém os gestos mais expressivos estavam guardados para o final. Uma rica seqüência de bênçãos, das águas que existem em abundância na região, das famílias, das comunidades, e da própria diocese.
Mas antes da solene bênção final, a surpresa que iria deixar o povo extasiado. A Diocese expressou o seu “plano de pastoral” em forma de balões, nos quais foram escritos, em cores diversas, as diversas pastorais, os movimentos, os organismos e os serviços da diocese, articulados entre si, segurando o quadro de Maria da Assunção, até o momento em os balões foram soltos, para ver o rumo que tomavam. E foram se erguendo lentamente, levando a imagem da Virgem sempre mais alto e mais longe, enquanto o povo extasiado olhava para ela. Estava assegurado que o “plano de pastoral da Diocese” estava decolando, e podia contar com a bênção de Deus e a proteção de Maria. Estava terminada a celebração, estava concluído o Ano Jubilar da Diocese de Jales. E com certeza, no próximo jubileu de mais 50 anos, haverá muita gente que vai recordar o que foi a bonita romaria deste domingo, conclusiva do Jubileu de ouro da Diocese de Jales.
Obs: Imagem retirada do site da diocese
* www.diocesedejales.org.br