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Passei a observar as entrelinhas das campanhas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis veiculadas nos meios de comunicação, as quais são carregadas de incentivo ao sexo pelo prazer e com quem quer que seja, pois apenas advertem para o uso da camisinha, uma maneira eficaz de evitar uma gravidez indesejada e as DSTs.
O sexo tornou-se prática social e uma função orgânica do ser humano como maneira de ser feliz pelo simples prazer. Sendo assim banaliza-se o ato sexual e levanta-se uma campanha aberta para que as pessoas transem sem levar em consideração o respeito.
Inclusive muitas matérias jornalísticas ou temas de programas de auditório exaltam as pessoas que conseguem ficar, em um única noite, com mais de um(a) parceiro(a) sempre enfatizando o uso do preservativo. É como se fosse uma moda obrigatória, principalmente entre os mais jovens.
Mas o absurdo chega ao ápice em época de carnaval quando o próprio Ministério da Saúde faz campanha pelo uso da camisinha e monta postos de distribuição de preservativo onde ocorrem os festejos carnavalescos. É uma maneira de dizer ao povo que o sexo esta liberado e que quem for ao carnaval deve estar preparado, pois a qualquer momento pode aparecer um(a) parceiro(a) conhecido(a) ou não para fazer sexo com você.
Não há dúvida da necessidade da prevenção e da eficácia do uso da camisinha, mas campanha ao sexo é banalizar algo tão especial e delicioso que deveria se consumar apenas entre pessoas que no mínimo se respeitem enquanto seres humanos que tem sentimentos amorosos, do contrário vamos acabar como a geração da prostituição do corpo com ou sem camisinha.
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA