Walter Cabral de Moura
(wacmoura@nlink.com.br)
* A Morte do Cantor
Multidões choram. Pessoas desesperadas dizem que ele era “como se fosse alguém da família”. Filas quilométricas se formam para ver o esquife. Angústia e desalento, tristeza e prostração de crianças, adultos e idosos.
A tevê amplifica a dor solidária para todo o País. Alguém propõe um feriado.
Um marciano pergunta: mas isso é falta de que?
No dia seguinte, a vida volta ao normal, como se tudo tivesse sido um carnaval.
* Morte do Poeta
Há tempo não se fala em Mário Quintana. Não obstante, as estrelas continuam em seus postos no céu, cumprindo sua missão de cintilar.