domingo, 6 de novembro de 2011

TODAVIA


Gerson F. Filho


Não espere que eu seja exato.
Fugi a muito das certezas,
Fui banido da lógica e cercanias,
Com o absurdo tenho contrato.

Então não me mostre metas.
Para sua surpresa posso ruir,
Ou edificar a frase que vai vir,
Com palavras bem concretas.

Não sou um asceta celerado.
Curto o aroma do verso,
Meu prêmio! A falta de recato.

Não me apresentem rubras faces.
O que posso fazer com elas?
Sugerir que usem disfarces.


Obs: Imagem enviada pela autor.