José de Alencar Godinho Guimarães (*)
Três amigos curtiam as férias de final de ano em Santarém, precisamente no Bar Mascotinho, degustando os prazeres da terrinha e colocando a conversa em dia.
Dois desses amigos estudam em outro estado e o terceiro faz História em uma Instituição de Ensino Superior, particular, sem muita credibilidade entre os estudantes das universidades públicas locais.
Estavam os três numa boa conversa quando rouba a cena um cidadão catador de latinhas, que observando a chegada de uma embarcação de linha, provavelmente da cidade de Alenquer, pediu aos três que ficassem de olho em suas latinhas enquanto ele tentaria a sorte como carregador de bagagens na embarcação para ganhar um trocado extra, pois ele necessitava desse dinheiro.
Os amigos ficaram guarnecendo o resultado da coleta seletiva do homenzinho e um deles comentou que podia apostar como aquele senhor era do Maranhão. Suas características o faziam lembrar dos seus familiares que também são daquele Estado do Nordeste.
O homem não demorou a retornar e a curiosidade dos três rapazes em descobrir a naturalidade do pequeno trabalhador foi tão grande que um deles se encheu de coragem e quis saber de onde era aquele cidadão. O homem confirmou o que já era tomado por certo. Ele era mesmo maranhense, precisamente da cidade de Pindaremirim.
Esclarecido isso, um dos três amigos, o que estuda em Campinas no Estado de São Paulo falou que tinha uns amigos daquela mesma cidade que, aliás, era banhada por um rio perene – Leia-se, rio permanente. Nisso o homenzinho interrompeu a fala do rapaz e afirmou com a veemência de quem é conhecedor de causa que no Maranhão não existe nenhum rio com esse nome, ressaltando ainda que, o rio que banha Pindaremirim é o Rio Pindaré.
Isso é o que dá querer formalizar um papo informal de mesa de bar!
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA