segunda-feira, 21 de novembro de 2011

lembrando adélia prado

Euza Noronha


hoje quero pausa
na sofisticação da linguagem

esquecer alexandrinos e Baudelaire
esconder rebeldia rimbaudiana
apagar traços e pretensões

hoje quero cantar o amor
olhando peixes sendo descamados
descalçar pés da longa estrada
e embalar nos braços
o silêncio acompanhado

hoje
quero apenas ser noiva da vida