Euza Noronha
hoje quero pausa
na sofisticação da linguagem
esquecer alexandrinos e Baudelaire
esconder rebeldia rimbaudiana
apagar traços e pretensões
hoje quero cantar o amor
olhando peixes sendo descamados
descalçar pés da longa estrada
e embalar nos braços
o silêncio acompanhado
hoje
quero apenas ser noiva da vida