a Pedro Calmon
Walter Cabral de Moura
(wacmoura@nlink.com.br)
Colombo, fecha a porta dos teus mares!
Cristo, abre as portas do teu céu!
devolve-nos o nosso Condor
e o povo na praça agradece.
Não mais os negreiros covardes
abolido o açoite cruel
vencedora a Verdade, o fervor
que a Liberdade engrandece.
Castro, retorna à tua platéia!
Alves, o teu público te espera!
declama, encanta, arrebata
pois há um’outra escravatura
no País vigorando, agora:
a Ignorância, essa chaga.
Convoca a dispersa assembléia
vergasta – essa iníqua fera
faze do verso – a chibata
profere – a palavra dura
agride, inflama, perora
e nossa Nação de ta paga:
a ti, um lugar de deidade;
às gentes, sonhada Igualdade!