Deborah Viégas
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Saudade... Saudade de teus cantos. De teus beijos e carinhos.
Coração meu, aqui estás: pesado e magoado. Pois chegaria a converter, se possível, todos os dias desta minha vida insípida, por mais um ao seu lado. Um pacto com o proibido, por que não? Afinal, fui dominada por este sentimento. Não serei racional, virei sentimentalista por ti.
Procuro em outros, os teus abraços. Faltam tuas piadas em certos momentos. Teus comentários em horas indevidas.
Acordo constantemente esperançosa, te procurando ao lado de minha cama... Naquele teu colchão, no cantinho que sempre dormiras. Risadas constantes antes de pregar o sono. - Amanhã é um novo dia - Pensei.
Nunca cheguei a dizer-lhe adeus. Agradeço... Seria insuportável. Eu não a deixaria partir.
A cada passo conquistado ao sair de casa, há uma pequena passagem que me lembra você, minha mente remete súbitas representações, lembranças. E eu... Encontro-me vendo-as acontecer mais uma vez. Estás aqui!
Enlouqueço? Não... Nenhum louco chegaria a ter consciência de que por si, está.
Mas... Ilusões? Normal, lembra-me uma criança seguida de seus amigos imaginários. Todos os têm. Entretanto, o meu existe. Ele já esteve aqui certo dia... E volta para que eu não o esqueça.
Lembrar-me-ei de cada detalhe, pois sem minhas “ilusões”... Temo esquecer como é teu rosto.
Saudade... Como sou humilde ao descrever com tão mísera palavra este sentimento o qual carrego por ti. Está destinada para quem sucede uma semana sem ver seu amado. Eu passarei minha vida inteira completando-a sem você. Acompanhando em minha solidão apenas o que me deixastes: lembranças. Ah! Estás aqui novamente, sorrindo para mim: Oi.