segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PRESO POR NÃO PAGAR A CONTA



José de Alencar Godinho Guimarães (*)


          Essa história aconteceu na pequena cidade de Juruti que com a chegada da ALCOA naquele Município para explorar nosso minério (pois continuamos como colônia fornecedora de matéria-prima aos grandes centros mundiais, um desrespeito para com o nosso povo) absorveu mão-de-obra de toda a Região Oeste do Pará.
          Vai nossa riqueza, ficam as mazelas da pobreza de um país de terceiro mundo. Mas vamos ao ocorrido. Um amigo, que prefiro não revelar sua identidade, empregado naquele complexo mineral, resolveu curtir a noite com uns amigos em um modesto bordel da cidadezinha. Como já havia bebido bastante, se encheu de coragem e foi para o quarto com uma das garotas que davam expediente e outras coisas mais naquele local.
          Já no quarto, a mulher se preparava para atuar em seu ofício, quando percebeu que seu cliente, de tão bêbado, estava dormindo e sem condições de fazer qualquer coisa naquela noite.
          A mulher, como boa profissional, acordou seu cliente e o fez lembrar que ele lhe devia a importância de R$ 50,00. Ao que prontamente o sujeito se negou a pagar alegando não ter desfrutado de nenhum serviço que o obrigasse a pagar tal valor.
          Em meio a xingamentos e lamúrias, a mulher acionou a polícia se dizendo lesada enquanto trabalhadora honesta e responsável em colocar na sua mesa o pão nosso de cada dia. O rapaz não pagou, é bem certo, porém viu o sol nascer quadrado.
          Como dizia minha avó, “vai devagar com o andor que o santo é de barro”. O mercado está mesmo dinâmico, onde já se viu dar calote até nas profissionais do sexo.
          - Onde esse mundo vai parar!!?


(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA