Jaime Sidônio
Para viver uma perspectiva cristológica, faz-se necessário conhecer Jesus Cristo. Só conhecendo-o poderemos testemunhá -lo com ardor e apaixonadamente.
Jesus, a certa altura de sua caminhada com os discípulos, lá em Cezaréia de Filipe, achou necessário perguntar-lhes: “E vocês, quem dizem que eu sou?” E, para sua alegria, Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 15-16). Para Jesus, era importante ver até que ponto os discípulos haviam conseguido fazer a experiência da descoberta e do encontro amoroso com ele.
Do mesmo modo, é necessário que cada um de nós se faça uma pergunta parecida: “Quem é Jesus para mim?”. E oxalá tenhamos a mesma convicção de Pedro, pois, sem essa convicção, que nasce da descoberta e da experiência do encontro com Jesus, o Filho de Deus, como bem experimentou Paulo no caminho de Damasco, é impossível testemunha-lo. Porque testemunhar e anunciar Jesus Cristo exige conhece-lo e ter feito a experiência amorosa do encontro com Ele. Esse é o testemunho que nos dá o apóstolo João, como já tivemos a oportunidade de refletir em um outro momento: “Nossos olhos contemplaram e nossas mãos apalparam o Verbo da vida” (1 Jo 1,1). Para os apóstolos, Jesus era uma pessoa viva a aceitar e a fazer reviver na própria vida. Nesse sentido, vale citar a linda experiência de Paulo: “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20) e “Para mim o viver é Cristo” (Fl 1,21). Não deixou de ser gente. A presença do divino envolveu o humano.