Estou voltando depois da longa viagem.
Quem me esperou
pensando que chegaria com as mãos cheios de presentes
vai ter uma grande decepção.
Levo apenas o que não posso deixar.
Levo apenas o que me faz viver.
Não trago comigo histórias,
nem grandes aventuras para contar.
Estou voltando para mim mesmo.
Estou voltando para me reencontrar.
Esperem-me de mãos vazias:
não tenho nada para dá e nem para receber.
(S. Paulo 21.04.2004)