Patricia Tenório
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16/05/2011
Em homenagem a Paulo Freire
Começou a digitar no tempo em que aprendeu a ler.
Juntar letras na máquina, o mesmo que na memória. E a imaginação corria em busca da imagem para cada letra e cada letra vestia toda uma história de si.
Clara não desistiu quando percebeu que, no teclado da máquina, as letras meio apagadas, meio escritas: lembrou-se que lembraria delas ao digitar. Nem mesmo se lembrando, até se esquecendo, foi no esquecimento que viajou distâncias e conheceu um mundo inteiro.
Mundo de letras e lugares e as letras se misturavam em palavras e as palavras cheiravam a jasmim.
Obs: Imagem enviada pela autora.