domingo, 13 de março de 2011

REMANSO

Aldo CB
aldocblog@gmail.com

                                                                                                                                                 à Lia


Vago por teus passos, tua dor. Enxertado em mim, teu sorriso me acolhe e me pergunto a quem sussurras no descanso de teu dorso. Perdido em nossa cidade, na mansidão do rio, chamo teu nome para pronunciares o meu. Sumiste do silêncio, da distância, da solidão, na minha saudade. Afago teu rosto em tantas lembranças, chamo tua voz entre tantas vozes e pronuncio delicadeza. Como pássaro de volta a seu ninho, hibernas em minha memória. E sigo sem a cor de tua pele, sem teu olhar.