Fui exilado nesta casa,
amarrada com fraudas, seringas, remédios, lençóis, doenças.
Fui exilada no lugar de outra cria.
Do mundo arrebatada,
trancafiada entre quatro paredes e uma porta.
As horas transcorrem repetidas:
é sempre a mesma hora,
a mesma sina.
O consolo não refreia o curso do rio
que anseia desaguar na imensidão do mar
e finalmente descansar.
(28.03.2007 – 16:10h – Caxias MA)