Euza Noronha
enquanto
alguns cantam maiakovski
lambendo o passado
num saudosismo de esquerda
e outros dependuram palavras
ilegítimas
em promessas verde-amarelas
a fome
é foice nos dias do sertanejo
a violência
é cartilha dos abandonados
a indiferença
é mãe do individualismo
a esperança
debate-se entre verso e reverso
e vira fantasia