segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

TEXTO DE DJANIRA SILVA


djaniras@globo.com
http://blogdjanirasilva.blogspot.com/


Agora, atravesso a vida como quem atravessa a rua, sem parar para não ser atropelada. Atravesso a vida como quem atravessa a rua. As pernas me doem, a alma me incomoda. Aquelas me levam como se carregassem um fardo. A outra, é um fardo.

Ontem, choveu. As ruas estão molhadas. À noite, chorei. Tenho ainda no rosto as sombras da noite. Os olhos se recusam a olhar porque não querem ver. As horas passam depenando o dia e em pouco tempo a noite estará à mostra.


Obs: Texto retirado do livro da autora – Memórias do Vento