domingo, 23 de janeiro de 2011

ENTRE DOIS AMORES...


Rômulo José
reidromacsc@hotmail.com
www.poematisando.blogspot.com


Entre dois amores o coração do homem balança. Pois, como diz o conselho religioso se o homem amar a dois senhores, a um amará de mais e há outro amará de menos. Mas com o meu amigo foi diferente. Ele conseguiu amar dois amores. O primeiro como diz o poeta: “a bela dos lábios de mel e cabelos negros como a graúna”, veio pela ocasião do destino. Amor de súbito. Edificado na rocha. Amada que lhe inspira a ser poeta; a compor; a criar textos e mais textos refletindo sempre a magia do amor que sente por ela: Amor sem medidas; dosado na única medida de lhe amar: Amar sem medidas. O segundo era almejado antes mesmo do primeiro, mas que só veio um ano após o primeiro amor. Amor com as Letras. Amor amante. Amante que lhe rouba as melhores noites de sono com a sua amada. Amante que lhe faz apenas fechar os olhos durante as noites, pois Ele sabe que ainda não é possível repousar a cabeça tranqüila às 11h30min da noite. Amor que o fascina nos caminhos de histórias já mais sonhadas. Amor que lhe da forças para pedalar sob o forte calor. E é sob este forte calor que vislumbra o futuro para os dois. E se diz quando do cansaço maior: Eu preciso continuar...

E assim como o meu amigo Eu confesso: Eu também tenho dois Amores. Num deposito o meu amor, pois acredito que ele um dia poderá tornar menos duro o meu pão de cada dia. O outro, quando tento uma explicação lógica, juro que todas as palavras me fogem. Na verdade me vem na mente sempre o mesmo soneto:

Soneto de Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... Não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada i nstante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.