Zeca Paes Guedes
ozeca33@yahoo.com.br
Desde a Revolução Industrial, que substituiu a ferramenta pela máquina, a burguesia se solidificou juntamente com o capitalismo. Foi um momento altamente revolucionário, de passagem da energia humana para a motriz, ponto culminante de uma evolução tecnológica, social e econômica, que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média. Tudo isso se tornou possível a partir da invenção da máquina a vapor, além de um salto tecnológico que, juntos, acabaram impulsionando a industrialização mundial.
A partir daí, a velocidade com que os acontecimentos se deram só fez aumentar, atingindo velocidades impensáveis para nossos pacatos antepassados. O desenvolvimento tecnológico desenfreado implicou na necessidade de mais e mais informações, se processando cada vez mais rapidamente, culminando com as informações em tempo real que hoje a internet nos proporciona.
Não faz muito tempo em que era normal se inteirar do que acontecia no mundo pelo jornal matutino. Hoje, esses jornais servem mais para analisar as notícias do que propriamente informar em primeira mão. Essa informação temos instantaneamente, muitas vezes sem a preocupação com a qualidade da noticia. Não importa o veículo, se cabo ou internet... o que importa mesmo é a velocidade com que ela é divulgada.
E a internet, até o momento, é o topo desse desenvolvimento tecnológico, que nos conecta com o mundo inteiro instantaneamente. Através da internet podemos conversar ao vivo com pessoas do outro lado do planeta, trocar informações e nos mantermos informados sobre tudo o que se passa em qualquer país, por mais distante que esteja.
Parece-me que o século XXI será o “século da internet”.
Com o advento da rede mundial, em que todos podem participar, publicar e gerar conteúdos, os blogs surgiram como a principal ferramenta deste fenômeno, democratizando definitivamente o acesso de todos à comunicação. No Brasil, estima-se que 25% dos internautas brasileiros leiam blogs todos os dias em busca de informação, divulgação ou entretenimento.
Os hábitos de aquisição de informação vêm mudando radicalmente desde o surgimento da imprensa, do telégrafo, do telefone, do rádio e da televisão. A cada nova invenção, o homem ansiava por um pouco mais de informação disponível. Até a aparição da internet, onde temos infinitas possibilidades e fontes de informação. E esta última mudança foi tão repentina que a maioria de nós, adultos, ainda se lembra da época em que os computadores eram máquinas ligadas à ficção científica.
Com a blogosfera, um contingente praticamente ilimitado de leitores de um lado e escritores de outro, surgiu a oportunidade de não apenas procurar pela informação, mas também de criá-la, através dos milhares de escritores que surgem todos os dias. São milhares de novos blogs sendo criados a cada dia, onde encontramos, além de informações “jornalísticas” sobre os acontecimentos cotidianos, podemos nos surpreender com novos e ótimos poetas, dramaturgos, cronistas e até humoristas.
E não vou falar aqui no twitter, que é uma rede social baseada em mensagens instantâneas. É tão nova, que ainda não consegui absorver completamente, mas que já parece ser a coqueluche atual. Todos têm seu twitter, aquele do passarinho azul, menos eu.
Eu estou na blogosfera desde o início deste século e posso dizer que isto aqui é viciante. Já fechei dois blogs e acabei retornando, pois não sei se conseguiria viver normalmente sem minha passadinha diária pela net. Neste momento estou em recesso, com o último blog parado, apenas visitando outros blogs e me deliciando com o que escrevem seus autores. E confesso que preciso me policiar para não adicionar todos aqueles que vou encontrando pelo caminho e cujos assuntos e qualidade me causaram interesse. Acompanhar apenas aqueles que já conheço já é difícil devido à velocidade com que o nosso tempo passa, imagine se outros forem sendo incluídos, sem freio nenhum...
Agora eu pergunto: e você? Como vê tudo isso?