terça-feira, 7 de dezembro de 2010

por tanto (a)mar

Euza Noronha


queria navegar um poema

que abraçasse o tempo
com mãos de encantar
e desamarrasse veleiro enamorado de cais

naufragar o poema em amor

que despisse nossas rimas
onde se perde o mar
e cobrisse ressacas em nossos versos banais

mas é tanto (a)mar

meu poema mareia em pássaros nórdicos
                                              e segue mudo