LEO PESSINI *
Com o início do século XXI, batizado como “o século da biotecnologia”, inicia-se também a era do “pós-humanismo”. Começam a ser consideradas as possibilidades de seres “trans-humanos” através de melhoramentos biotecnológicos das capacidades biológicas, tais como, tempo de vida, tipo de personalidade e inteligência. A genética, a nanotecnologia, a clonagem, a criogenia, a cibernética, entre outras, são estudos que fazem parte desse empreendimento.
Para os pós-humanistas, a biologia humana não é um destino, mas algo que deve ser superado! Necessitamos de referenciais éticos para discernir sabiamente entre as intervenções biotecnológicas que são salutares e aquelas que são destrutivas e comprometem o futuro da vida humana no planeta.
*Camiliano, pós graduado em Clinical Pastoral Education pelo S. Lukes's Medical Center (Milwaukee, EUA). Professor doutor no programa de mestrado em Bioética do Centro Universitário São Camilo (SP) e autor de inúmeras obras na área da bioética, dentre as quais Bioética: um grito por dignidade de viver e co-organizador de Buscar sentido e plenitude de vida: bioética, saúde e espiritualidade.