terça-feira, 30 de novembro de 2010

A ÚNICA COISA QUE PODERIA



Regina Carvalho
reginahcarvalho@hotmail.com


A única coisa que poderia
não posso
assim permaneço
sem poder algum.
Os vínculos foram cortados
o fosso é fundo
a ponte não arreia
os dias estão contados
e não há passagens secretas
(Não que eu saiba)
A água do poço evapora ao sol
os guardas estão mortos na amurada...
Contudo o cochicho das folhas caídas na
varanda abandonada
Envolve de paz minha alma encarcerada.