Jaime Sidônio
(psjaime7@hotmail.com)
Na prática de nossa vida real, a experiência com o Salvador exige que tenhamos lúcida consciência de nossos limites e pecados. Os doutores da Lei e os fariseus, fechados à novidade de Deus, não acolheram a salvação, porque não reconheceram a sua condição de pecadores. Achavam-se juntos e perfeitos. Eram auto-suficientes demais,por isso não podiam entender e nem experimentar a salvação que Jesus veio realizar.
Para receber a salvação é preciso ter a coragem e a sinceridade que teve o leproso abandonado e excluído. Ele suplicou a Jesus: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar” (Lc 5,12). E sabemos que nosso desejo sincero, expressão da consciência e do reconhecimento de nossa necessidade, é decisivo para que a ação amorosa de Deus aconteça. Precisamos gritar nossa dor e nossa necessidade, sem medo e cheios de confiança como fez o cego de Jericó: “Filho de Davi, tem piedade de mim![...] Senhor, eu quero ver de novo!” (Lc 18,35-43).