José de Alencar Godinho Guimarães (*)
jfdelvitoralencar@hotmail.com
Ai, quem me dera
Ou me bastasse a vontade,
Queria mudar o mundo
Acabando de uma só vez
Com a pobreza e a fome
Dessa gente passageira
Sem eira nem beira
Que vive a sofrer.
Ai, quem me dera
Ou me bastasse o poder
Das palavras rabiscadas
Para melhorar o mundo,
Repartindo nossas terras
Com essa gente roceira
Que não tem casa e nem terra,
Mas que sonha em produzir.
Ai, quem me dera
Ou me bastasse a coragem
Para varrer desse mundo
Tamanha impunidade
Daqueles que vivem roubando,
Desviando farta riqueza,
Gastando aquilo que é nosso
Sem ter o menor pudor.
Ai, quem me dera
Ou me bastasse a certeza
De eu não ser apenas
Esse homem sonhador!!
(*) Professor da Rede Pública Municipal de Santarém
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA