Edilberto Sena
(edilrural@gmail.com)
O tempo passa rápido e milhares de candidatos buscam desesperadamente cair na simpatia dos e das eleitoras no próximo dia 03 de outubro. Já não sabem como fazer para serem eleitos. Vários são notórios ficha suja, a lei anti corrupção está valendo e não se pode facilitar de comprar votos; por outro lado, a categoria de políticos já não impressiona a sociedade, pela pouca seriedade com que muitos deles e delas conduzem os trabalhos no congresso nacional e nos executivos.
Poucos honram os votos que seus eleitores depositaram neles. A situação chegou a tal ponto que um humorista também decidiu ser candidato em algum lugar do país com o seguinte lema ??Pior do que está não fica, vote no ...rica?. Essa ironia é bastante elucidativa de como anda desgastada a categoria. As campanhas pelo rádio e televisão são uma mesmice de 15 anos atrás e não impressiona mais. Deve ser uma tortura para certos candidatos se apresentarem na televisão com aquela cara de gente séria ainda dizendo ? ? quem me conhece sabe do meu passado, por isso peço seu voto?. São afirmações tão pobres e sem significado positivo, ? se eu for eleito farei isso e aquilo...? ? em mandato passado consegui a lei em favor desses e daqueles...?.
De alguns, certamente os eleitores riem, de outros sentem raiva. Promessas sem nenhuma garantia de que serão cumpridas. O desejo é tão grande de certos pretensos candidatos, que deixam transparecer segundas intenções. O que os leva a parecerem tão ansiosos é o emprego de político, porque infelizmente, o mandato de representante do povo foi transformado num excelente emprego, dados os altos salários e grandes vantagens para quem ocupa cargo público.
As apresentações em público são como se por trás das palavras os candidatos estivessem dizendo: ? quem me conhece, sabe do meu passado; já fui lavador de carro, recepcionista de gabinete de vereador, sou pai de oito filhos. Vote em mim pois preciso desse emprego para melhorar a renda de minha família...?. Em alguns momentos da campanha chega a dar pena ver e ouvir certos candidatos de notório passado. Imploram os votos dos e das eleitoras como se fossem dedicados heróis da população.
Afinal, quem mesmo merece seis votos a serem depositados nas urnas nas eleições deste ano? Votar é preciso, mas votar em quem?