Edilberto Sena
(edilrural@gmail.com)
A cidade sempre foi um polo aglutinador para a Região. Os Municípios vizinhos se abastecem, negociam e fazem suas viagens aéreas desde Santarém para o mundo. No entanto, os investimentos de infraestrutura chegam muito lentos e prejudicam a vida da população.
O fluxo de passageiros no aeroporto Wilson Fonseca é intenso diariamente. Duas grandes companhias aéreas, por razões não bem esclarecidas, pousam e decolam quase no mesmo horário, provocando congestionamento de passageiros. Outras empresas menores também pousam e decolam pelo aeroporto Wilson Fonseca. Só há uma sala de despacho e uma sala de embarque.
Os responsáveis pelo local tentam dar a impressão de que estão buscando soluções, mas sem recursos suficientes, mexem daqui e dali no mesmo espaço físico, enquanto que o fluxo de pessoas aumenta a cada dia. É como se tentassem colocar mais dois pintos dentro do mesmo ovo. O estranho desse problema é que, há dois anos ou mais, está em andamento o projeto de construção de uma nova casa de recepção no aeroporto santareno.
Até já se fala que há previsão de 145 milhões de reais para o serviço e que o novo aeroporto será moderno e confortável. Mas ainda não se sabe se existe esse dinheiro e nem quando vai começar e concluir a nova casa do aeroporto de Santarém.
Pelo fluxo de passageiros diariamente, cada passageiro pagando uma alta taxa de aeroporto, não se compreende porque não há dinheiro para apressar a obra. Paga-se muito caro para ter o desconforto de estar ali a espera de viajar ou receber passageiros em pé, ou andando e andando para passar o tempo.
Tudo isso revela como Santarém e a Amazônia não são prioridades nos planos de servir dos governos: federal e estadual. O ser humano da região não interessa aos que decidem os planos de desenvolvimento do país. A região só é importante para os de fora como fonte de exploração das riquezas naturais.
O que surpreende, na questão do aeroporto de Santarém, é o conformismo dos usuários; não há um movimento forte exigindo pressa na construção do novo; os políticos da região não fazem nenhuma pressão séria sobre o poder central e aí, como diz a cantiga: “o povo reclama, mas é o culpado porque só murmura, mas fica parado.”