D. Demétrio Valentini *
Está pronta a nova Cúria da Diocese. Ficará como um dos marcos do jubileu de 50 anos. Com traçado arquitetônico muito bonito, resultou um edifício que terá presença marcante na cidade, por seu visual externo e pela funcionalidade dos seus espaços.
O projeto esteve a cargo do arquiteto Oswaldo Polizio Júnior e do engenheiro Paulo Cezar Silva, sob a orientação do bispo diocesano. Sua execução foi acompanhada de perto pela administração diocesana, sob os cuidados do mestre de obras Claudenir Secchi, o “sarrafo”.
A construção de uma nova cúria era sonho cultivado há anos. Foi pensada para durar muito tempo. Se o primeiro edifício serviu por 50 anos, este poderá durar 500. O prédio antigo não será demolido, pois ficará como sede do museu histórico que a Diocese pensa organizar.
O nome “cúria” vem de longe, dos tempos da administração romana. Significa, simplesmente, o lugar onde se “cuidam” as coisas. Pois a etimologia da palavra vem do verbo “curare”, que significa “cuidar”. A palavra “diocese” também é do tempo dos romanos, quando significava uma “região administrativa”. Ter nome antigo denota tradição de longa data, o que já é um bom atestado de durabilidade de uma instituição.
Na prática, a cúria é a sede administrativa da diocese. Poderia se chamar de “Centro Diocesano de Pastoral e de Administração”. Pois na verdade a cúria tem duas grandes secções: da pastoral, e da administração.
Como centro da administração diocesana, a Cúria tem diversos serviços, como o departamento de contabilidade de todas as comunidades da diocese, o departamento jurídico, o departamento de pessoal, a tesouraria, o serviço de documentação e de arquivo.
Como centro diocesano de pastoral, a Cúria precisa ter os diversos ambientes para as atividades pastorais, a começar pela sala de reuniões da coordenação de pastoral, um auditório para reuniões mais amplas, uma sala para a Cáritas, a sala do coordenador de pastoral, e salas para as diversas pastorais.
A secretaria atende aos dois setores gerais, e a comunicação estabelece a relação da diocese com as comunidades, as outras dioceses, e com a imprensa.
Além destes espaços, a cúria abriga a sala de expediente do Bispo Diocesano, do Vigário Geral, do administrador da diocese e do tribunal eclesiástico.
Foram construídos também três apartamentos para acolher visitas ou para servirem de residência de padres liberados para serviços de âmbito diocesano.
Foram construídos também dois espaços amplos, para arquivo e para depósito de material que a cúria repassa às paróquias.
No interior do prédio foi feita uma linda capela, local propício para o ambiente de oração.
Portanto, tudo muito bem pensado.
Mas há um detalhe importante a destacar. O custo total da cúria chegou ao redor de 900 mil reais. Destes, pouco mais de 100 mil vieram da Igreja da Alemanha, que já ajudou na construção de muitas igrejas em nossa diocese. Os outros recursos vieram da venda do sítio que a Diocese tinha em Palmeira d´Oeste. Este sítio foi doado para a Diocese pelo Pe.João Schultenwolter, que trabalhou em Santa Fé do Sul, há mais de 50 anos atrás. Graças a esta doação foi possível construir a nova cúria sem recorrer a nenhuma contribuição das paróquias, e sem realizar nenhuma campanha especial.
As estruturas se justificam pelos serviços que prestam à instituição. Com a nova cúria, a Diocese espera aprimorar ainda mais os serviços de apoio às comunidades, para que continuem cumprindo sua missão.
* www.diocesedejales.org.br
Obs: Imagem enviada pelo autor.