Paula Barros
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( mpaula26@hotmail.com)
O tempo foi passando, foi passando, e eu não via sua fazenda acusar nenhum sinal de vida. Se janelas e portas estavam fechadas, você poderia apenas ter ido passear um pouco.
Mas o meu medo que você não voltasse me deixou angustiada. Um sofrimento de poucos dias parecia uma eternidade. O meu maior receio ainda continua sendo o de dizer mais do que pode ser ouvido. Medo que o trotar do meu coração assuste quando se aproxima da porteira.
Olhar só a fazenda de longe é pouco para o cavalo que gosta de pular cercas e porteiras. Gosta de se deitar na relva. E alimentar-se do capim verde e úmido de orvalho.
A emoção desembestada a trotar é que faz a paisagem tornar-se linda, e ter ventos para balançarem a crina do cavalo.
Portanto, não demore a abrir a porteira da emoção. Preciso cavalgar no seu pasto.