Célia Cavalcanti
(cglcavalcanti@terra.com.br)
...E quando da morte fez-se a vida
Do pranto, a alegria...
Da mágoa, o perdão:
A noite se fez dia...
...E quando viver teve sentido
O apelo teve ouvido
O amor se fez presente:
A dor se fez ausente...
...E quando tudo enfim era harmonia
O belo, a cada instante renascia;
O sonho se acabou.
O amor se foi aos poucos, dia a dia...
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...E quando só, sem ter onde pousar as mãos,
Sem mais saber onde firmar os pés,
Em frente, me encontrei com a solidão,
Senti que, mesmo assim valeu a pena.
Restou-me uma lembrança eterna do amigo.
Restou-me uma saudade atroz que em mim abrigo.
( abril de 1989)
Obs: Imagem enviada pela autora.