Maria Inês Simões - Bauru/SP
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É fácil amar a tudo e a todos,
quando se tem de tudo e de todos.
Fartura de dinheiro. Juventude,
Comida. Diversão e liberdade.
A felicidade dança como a bailarina
da caixinha de música,
sempre linda e constante.
Mas, nem todo o dinheiro do mundo
compra a saúde perfeita...
E muito menos a eternidade...
Quando estas se vão...
fica a fiel e verdadeira realidade.
Existe sempre um porém...
...Em todo porém que existe.
E por falar em amor... Ele nasce também,
nos pequenos-grandes detalhes...
Aprendemos a amar o jovem drogado,
quando existe alguém assim
próximo ao nosso lado...
Aprendemos a amar os animais,
quando percebemos que um pitbull,
pode ser mais dócil que uma ovelha,
isto depende da criação.
Aprendemos a amar o feio,
quando nossa beleza física se vai.
Beleza física é ilusão...
Quem não aprende
a enxergar com o coração.
Viveu cego...
Mesmo tendo visão.
Aprendemos a dar valor a cada respirar,
quando observamos que:
em breve esta constante
irá derradeiramente falhar...
Aprendemos a amar... Às vezes,
um pouco, quase, tarde demais.
Quando a juventude ao longe já se vai.
Quando a comida engorda demais.
Quando a diversão não mais atrai.
Quando a liberdade se resume...
A quatro paredes de um quarto qualquer.
Importa aprender a amar...
Com ou sem um porém,
de um lugar vazio ou preenchido,
com aquela caixinha de música,
e sua bailarina dançante...
Linda e também in.constante.
Obs: Imagem enviada pela autora.