cairo de assis trindade
pra onde foram os beijos,
os abraços e os amores
que ontem nos arrebataram
e não voltam nunca mais?
onde se esconderam todos,
que vieram e ficaram
tão nossos, tão vivos, tanto,
e agora quase irreais?
para onde vão as coisas
que se perdem pela névoa,
tragadas por temporais?
vão para junto das naves
que naufragaram nas nuvens
sem jamais chegar ao cais.
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