segunda-feira, 19 de abril de 2010

O QUE É MÍSTICA – PARTE III



Dasilva, novembro 2009.

Formas de concretizar a mística


Não existe uma única explicação sobe a mística, assim como não há uma forma única de como manifestar a mística que alimenta a vida e a ação das pessoas. Tudo o que se pode dizer é que a mística tem um conteúdo que se expressa. Ela deve brotar, e as vezes, até explodir conforme o momento, o ritmo, a cultura das pessoas. Ela aparece:

* Na postura pessoal – Porque a mística é, sobretudo, a vivência de valores e convicções. Por isso, é na vida e nas atitudes pessoais que a mística mais se manifesta: a) o amor pelo povo; b) a solidariedade; c) o espírito de humildade, d) o espírito de superação, iniciativa e ousadia. e) o espírito de sacrifício; f) o companheirismo, g) a pedagogia do exemplo;

* Na beleza e acolhimento do ambiente – a mística deve aparecer e atrair pela simplicidade e significância dos adornos, pela simbologia, luz, cores, festa, música... São fatores que despertam as diversas dimensões do ser humano como a sensibilidade, subjetividade, cultura, história, espiritualidade....

* Na manifestação pública e coletiva – Cada grupo tem formas particulares de expressar seus valores, princípios e sua vida. Mas, a experiência recomenda que se leve em conta alguns critérios na manifestação pública da mística: a) Ser uma atividade onde as pessoas participam com o corpo, mente e sentimento; b) Não é um show para ser assistido; deve envolver as pessoas (o uso da poesia ou canção exige texto quem participa e alguém que saiba tocar); c) não combina com a preparação de surpresas, causar impacto, provocar sensação... d) A celebração da mística deve ser bonita, criativa, breve, com certa solenidade, simples e bem feita e sempre ligada ao tema do momento; e) É bom usar símbolos, gestos e incorporar expressões culturais, testemunhos pessoais... Mas, é preciso evitar que se torne mera apresentação teatral; f) A mística pode ser expressa no começo de uma atividade coletiva (concentra a atenção e recorda o espírito que une o grupo), mas pode e deve ser feita a qualquer momento: um canto, um grito de guerra, uma declamação, um silêncio... g) A preparação é necessária para evitar a improvisação, mas não pode virar um tormento para as pessoas que coordenam a celebração; h) Não é necessariamente uma “reza”, mas é momento sério, solene que não comporta dispersão, cochichos e brincadeiras descabidas.