terça-feira, 23 de março de 2010

UM BLUE PARA ALBERTA HUNTER



João Batista Pinto
(melopintoneto@uol.com.br)


De repente se fez o blue
Escorregando rouco na garganta
Como um pássaro, que era alegre,
E ficou triste.
Sincopado, morno, sussurrante
Caiu o som, como uma gota dágua,
Como um salto no ar,
Imitando um saltimbanco que era cego.
O sax, o piston, o clarinete,
A tua voz, o piano,
A tua alma.
So long, my dear, so long,
Eu vou chorar tua canção no ar.