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Referindo-se ao seguimento como conseqüência do seu próprio caminho, Jesus, um dia, lá em Cesáreia de Filipe, após a profissão de fé de Simão Pedro, procurou esclarecer os discípulos dizendo que “devia ir a Jerusalém, e sofrer muito da parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos doutores da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar ao terceiro dia” (Mt 16,21). Esse era o seu caminho e o de quem estivesse disposto a segui-lo. Caminho que tinha de ser percorrido até o final e que não poderia ser desviado. Pedro queria um caminho alternativo, menos exigente, um caminho conforme seus caprichos. Diante disso, a reação de Jesus foi forte: “Fique longe de mim, Satanás!” (Mt 16,23). Com isso Jesus confirmava o pensamento de Deus no momento do Batismo: “[...] devemos cumprir toda a justiça” (Mt 3,13-15). O projeto precisava ser assumido na íntegra. Não se podia queimar etapas.
