Não devo entrar no seu templo
E confessar os meus lamentos
Não devo chorar
Nem deixar a emoção me levar
Tenho que me resignar
Limpar a alma no capacho da porta de entrada
No seu altar
Me ajoelho
E sem controle
Fico com o coração a palpitar
Meu corpo é tomado por uma emoção forte
Degusto suas palavras, bebo com vinho
Elas me desaprumam
Me despem
Me jogam no tapete vermelho
Trôpega, tonta, cambaleando
Sigo me sentindo culpada
Por entrar no seu templo
E desarrumar o altar
Perdoa-me....
Não!
Não sou digna do seu perdão
Namoro as suas palavras
Alicio suas frases
Desejo o seu texto
Me deixo seduzir
Me entrego de corpo e alma
E volto a pecar
Obs: Imagem enviada pela autora.
Obs: Imagem enviada pela autora.