terça-feira, 20 de outubro de 2009

O SISTEMA DE ENERGIA SUTIL - PARTE I

SARUTAHIKO


É no mínimo curioso quando tomamos conhecimento por algum meio de comunicação notícias como, “A ciência acaba de fazer uma descoberta revolucionária!...” E quando procuramos nos inteirar descobrimos que na realidade não existe nada de revolucionário, por vezes nos deparamos não apenas com experimentos mas com conclusões que já haviam sido realizadas à mais de cinco mil anos atrás por Huang Ti, considerado o primeiro Imperador da China, tendo seus estudos resultado no compilamento do mais antigo escrito sobre medicina até hoje já realizado, o Hung Ti Nei Jing. É uma obra magnífica composta principalmente de dois volumes o Sou Wen e o Ling Shu, estando nesse último contidas as bases da Acupuntura.

Como disse, é no mínimo curioso quando observamos que muitas vezes proposições apresentadas no meio acadêmico como descobertas recentes decorrentes de pesquisas realizadas por cientistas contemporâneos em nada tem haver com o que é vendido, como sendo novidade, um verdadeiro “Ovo de Colombo”, na verdade tem sido muito comum observar como atualmente, não raro, vemos princípios expostos no Huang Ti Nei Jing sendo apresentados na comunidade científica como se realmente fosse algo novo. Talvez isso se deva a característica arrogância ocidental, que até hoje não foi humilde o suficiente para dar braços ao antigo conhecimento oriental, e por tantas vezes tem-se realizado curas no campo da medicina alopática aonde teoricamente esse ou aquele mal eram considerados incuráveis, na realidade isso é bem mais comum do que se pensa.

Inicialmente meu objetivo como Acupunturista é expor através de uma série de artigos as maravilhas da medicina oriental que estão ao alcance de todos, inclusive de leigos, mas para que qualquer um possa ter algum proveito é necessário esvaziar-se de qualquer conceito para que novas informações possam vir a ser transformadas em conhecimento, vejam por exemplo, em momento algum usei o termo ocidental muito usado de “Terapia Alternativa”, primeiro por que não entendo como algo que muitas e muitas vezes resolve problemas que para medicina alopática são insolúveis possa ser chamado de alternativa, segundo que não é terapia pois que na China, por exemplo, à mais de cinco mil anos é a medicina tradicional.

Claro que não somos tolos ao ponto de achar que apenas uma série de artigos possa ser o suficiente para revelar toda a profundidade da sabedoria oriental no campo da cura, mas suscitar indagações sobre si mesmo e estabelecer um ponto de partida onde cada um possa começar à olhar mais para si e se entender melhor.