segunda-feira, 14 de setembro de 2009

TEXTO DE PAULA BARROS

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( mpaula26@hotmail.com)


A caminhada continua. Lembro-me das vastas dunas, areia por todo lado, desafios. O peso das pernas afundando na areia fofa e quente. Obstáculos. Sobe e desce, cansaço. A busca da beleza. Sacrifícios para chegar e contemplar a criação Divina. E precisa chegar para ver as belezas divinas? As belezas divinas estão em todo lugar. Estão durante toda a caminhada. Estão no nosso ser – adormecido ou latejante.

Tenho dificuldades de compreender o todo, quando as partes estão confusas. Nesse esforço descomunal para compreender, apreender, sentir, escrevo, assim tento me compreender. Tento. Enquanto assim for, a andarilha continua.

Podes mudar de rumo. Desaprumar o eixo das palavras. Não importa, farejo o sentimento, mesmo que às vezes não encontre. O esforço mental faz pingar gotículas de suor interno. O sangue fica roxo do esforço do sentir palavras, mais compreender é por demais desnecessário. Ou não?

A falta de compreensão é na realidade a equação perfeita para mais uns passos da andarilha.



Obs: Imagem enviada pela autora.