João Batista Pinto(melopintoneto@uol.com.br)
Nunca ouvi tocar o sistro,
Porque não sou egípcio.
Será que o som repousa,
Cadente numa vogal?
Ouço guitarras à noite
De agressiva metalicidade,
Em loucas advertências
Do que será o amanhã.
Mas entre difusos sons
Que chegam aos meus ouvidos,
Há o canto de sereia,
Tão puro canto me dói.
Não importa que esse canto
Seja de peixe ou de mulher.
O que há de vivo é o encanto,
Nadando sobre vogais.