(resomar)Deixa que eu me debruce em teu coração...
Lágrimas desnudam o frio estremecido,
camadas derretidas encharcadas do orvalho...
Deixa-me explicar a experiência da demora que se faz partida...
Tempo esculpido em árvores desfolhadas,
verão em noite de abandono...
Deixa-me carregar o teu olhar na travessia amarga da dor...
Sentimentos crescem na aprendizagem do diferente,
obscura e indefinida entrega...
Silencio tuas amarguras...
Nublado passo...
Soletro nos degraus gorjeios do canto das estações que se entreolham assustados na alma povoada de sonhos...
Deixa-me dedilhar em teus lábios feridos as razões para existir,
a paixão para não desistir,
a ousadia em insistir,
o amor para prosseguir...
19.12.2004 - 19:55h (resomar)
Obs: Foto da autora.