terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

TEXTO DE WALTER CABRAL DE MOURA



(wacmoura@nlink.com.br)


Sabia fazer poesia.
Sabia talvez a seivas
agridoces, algo agrestes.

Juro que era puro
desejo de ser leve – o ar.

Sabia fazer poesia.
Nada refinada
bruto turbilhão
nave insensata
dor no coração
mas nos olhos, musas
e nos sons – a música.

Ora, direis, ouvir riachos
conversar com grilos
e beber luar....

Sabia fazer poesia.
Era bolha de sabão
voou feito sabiá.