(wacmoura@nlink.com.br)
Sabia fazer poesia.
Sabia talvez a seivas
agridoces, algo agrestes.
Juro que era puro
desejo de ser leve – o ar.
Sabia fazer poesia.
Nada refinada
bruto turbilhão
nave insensata
dor no coração
mas nos olhos, musas
e nos sons – a música.
Ora, direis, ouvir riachos
conversar com grilos
e beber luar....
Sabia fazer poesia.
Era bolha de sabão
voou feito sabiá.